quarta-feira, 2 de junho de 2010

Descoberto gene que prolonga vida até aos 100 anos



Cientistas descobriram o gene 'Metusalém'. Os portadores afortunados deste gene têm uma maior probabilidade de viver até aos 100 anos, mesmo que mantenham um estilo de vida pouco saudável.


Estes genes parecem proteger as pessoas contra os efeitos do fumo e uma má dieta e podem mesmo atrasar o aparecimento de doenças relacionadas com o envelhecimento como o cancro e doenças do coração, até três décadas.


Nenhum gene é uma fonte garantida de juventude. De acordo com novos estudos de famílias centenárias, o segredo para a longevidade reside provavelmente num 'conjunto' certo de genes. Esse tipo de combinação é no entanto extremamente rara — apenas uma pessoa em cada 10 mil atinge os 100 anos.


Os genes descobertos até ao momento parecem providenciar uma protecção extra contra doenças próprias do envelhecimento. Os centenários parecem ter maiores probabilidades de ter este tipo de genes embebidos no seu ADN.


«As pessoas que vivem mais tempo não têm menos genes que provoquem doenças ou envelhecimento» declarou Eline Slagboom da Universidade de Leiden, que lidera um estudo que envolve 3500 holandeses nonagenários. «Estas pessoas têm outros genes que impedem os genes que provocam doenças de serem activados. A longevidade está intrinsecamente ligada à genética e à hereditariedade».


Pensa-se que os genes Metusalém — nome bíblico do patriarca homónimo, que viveu até aos 969 anos — incluem a proteína Adiponectina, encontrada em cerca de 10 por cento dos jovens e em cerca de 30% das pessoas que vivem após a centena de anos.


SOL


http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=172797

Neodarwinismo - teoria sintética da evolução

No século XX, embora a ideia de evolução biológica fosse uma ideia já aceite pela comunidade científica, a explicação para essa evolução através da selecção natural apresentava ainda alguns pontos frágeis. Darwin, apesar de ter tido na sua secretária uma carta enviada por Mendel, onde este apresentava as primeiras ideias sobre a hereditariedade, não a valorizou. Deste modo, nunca esclareceu nem quais eram os mecanismos responsáveis pelas variações verificadas nas espécies, nem o modo como essas variações se transmitem de geração em geração. Com o desenvolvimento dos conhecimentos sobre a genética, foi possível encarar as ideias centrais da teoria de Darwin numa outra perspectiva. Por exemplo, o estabelecimento do conceito de mutação levou os geneticistas a considerarem as mutações como a base das mudanças evolutivas.

O resultado foi o aparecimento de uma teoria denominada Teoria Sintética da Evolução ou também chamada Neodarwinismo. O Neodarwinismo é uma teoria que complementa a teoria de Darwin, pois explica a variabilidade intraespecífica que Darwin não soube explicar. Esta foi introduzida por Julian Huxley, no seu livro “Evolução”, tendo como ideias fundamentais a variabilidade genética e a selecção natural.

O Neodarwinismo engloba duas ideias fundamentais:

- Variabilidade genética

- Selecção Natural

Variabilidade genética:

A diversidade do mundo vivo tem como fonte primária as mutações, e como fonte mais próxima a recombinação genética. As mutações introduzem novidade genética mas é principalmente a recombinação génica que cria a variabilidade favorecendo o aparecimento de uma multiplicidade de diferentes combinações de genes.

Mutações

As mutações ocorrem no DNA dos cromossomas, podendo afectar um ou mais nucleótidos ou até numerosos genes, alterando, neste caso, a estrutura dos cromossomas e/ou o seu número. Estas mutações podem ocorrer em qualquer altura da vida de um organismo e afectar qualquer célula.

O efeito das mutações na evolução varia também em função do gene mutado. Se numa mutação se origina um gene dominante, os seus efeitos manifestam-se e a selecção natural pode actuar sobre os indivíduos em que o gene se exprime. Se a mutação origina uma característica menos vantajosa, a selecção natural actua sobre o indivíduo no sentido de o eliminar progressivamente do meio.

Numa situação em que a mutação é desvantajosa não há contributo evolutivo (por exemplo as mutações somáticas e as letais e todas aquelas que conferem menor capacidade de sobrevivência).

Noutros caso, porém, as mutações têm um efeito favorável e permitem aos seus portadores viver mais tempo e reproduzir-se mais.

As mutações são a fonte primária de variabilidade genética, introduzindo nas populações novos genes.

Recombinação genética

Apesar de as mutações serem a fonte primária de variabilidade genética, a fonte mais próxima de diversidade nas populações é a recombinação genética que se obtém através da reprodução sexuada. Esta recombinação genética ocorre na meiose. A fecundação é um processo que também aumenta a variabilidade genética dos indivíduos.

Recombinação génica - A nível da meiose

Durante a meiose ocorre alguns processos que contribuem para a variabilidade genética.

Esses processos são:

Prófase I: ocorre o fenómeno denominado crossing-over. Os cromossomas homólogos emparelham e sobrecruzam-se em vários pontos podendo ocorrer quebras e trocas de segmentos entre cromatídeos de cromossomas homólogos.

Metáfase I: quando os bivalentes ocupam o plano equatorial do fuso mitótico, a colocação de cada cromossoma de cada par de um lado ou de outro do plano equatorial faz-se ao acaso.


Anáfase I: como a redução do número de cromossomas resulta da separação ao acaso dos cromossomas homólogos, surgem várias formas de combinações cromossómicas.

Anáfase II: redução do número de cromatídeos por cromossoma. Cada cromossoma passa a ter um só cromatídeo.

Recombinação génica - A nível da fecundação

A fecundação é uma fonte de variabilidade genética que existe nos indivíduos das populações.

Na fecundação a união de dois gâmetas ao acaso, de entre o grande número que se constitui, origina um zigoto que representa potencialmente um indivíduo.

Este aspecto aleatório do encontro dos gâmetas faz variar extraordinariamente as associações dos genes. Daqui resulta a possibilidade de se formar uma grande variedade de ovos que originam indivíduos diferentes entre si.

Por exemplo, um casal humano pode ter filhos com fenótipos bastante diferentes, porque cada progenitor produz muitos gâmetas com características genéticas diferentes e apenas um espermatozóide e um óvulo são necessários para a fecundação.

Se numa população sem produção sexuada ocorrem vinte mutações, originam-se no máximo vinte formas diferentes de indivíduos. Essas mesmas mutações em indivíduos com recombinação génica originam 220 novas formas de indivíduos.

Selecção natural

É sobre esta enorme diversidade de indivíduos de uma população que actua a selecção natural.

A selecção natural consiste numa reprodução diferencial que privilegia o conjunto génico mais bem adaptado em detrimento de um menos adaptado, que origina menos descendentes.

Cada conjunto génico confere determinadas potencialidades adaptativas aos indivíduos para um determinado meio e num determinado momento.

Quanto maior a diversidade, maior a probabilidade de uma população se adaptar a mudanças que ocorram nesse meio, pois entre toda essa diversidade pode aparecer um conjunto génico que seja favorecido pela selecção natural. As populações muito homogéneas e bem adaptadas podem ser eliminadas se, no seu habitat, ocorrerem, por exemplo, mudanças climáticas.

A selecção natural pode ser consequência de factores do meio físico (a temperatura, a humidade, o tipo de solo, etc.) e biótico (podem ser relações estabelecidas entre os seres como a predação, parasitismo, simbiose, etc.)

Quando as características do meio se alteram, o conjunto génico favorável pode deixar de o ser no novo ambiente.

Uma característica é ou não adaptativa conforme o ambiente em que se desenvolve e em relação às restantes características do indivíduo e, por isso, o conceito de “mais apto” varia no tempo, no espaço e com a espécie.

Fonte:

  • C:\Users\TMN\Desktop\escola\11 ANO\Biologia\Trabalhos de pesquisa\neodarwinismo\NeoDarwinismo.mht;
  • C:\Users\TMN\Desktop\escola\11 ANO\Biologia\Trabalhos de pesquisa\neodarwinismo\NeoDarwinismo.mht;
  • Livro de biologia de 11: “Terra, universo de vida”.

Evolucionismo


O evolucionismo afirma que as espécies animais e vegetais, existentes na Terra, não são imutáveis.

Até o século XVIII, o mundo ocidental aceitava com muita naturalidade a doutrina do criacionismo. De acordo com essa doutrina, cada espécie animal ou vegetal teria sido criado independentemente por ato divino.

O pesquisador francês Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros a negar esse postulado e a propor um mecanismo pelo qual a evolução se teria verificado. A partir da observação de que factores ambientais podem modificar certas características dos indivíduos, Lamarck imaginou que tais modificações se transmitissem à prole: os filhos das pessoas que normalmente tomam muito sol já nasceriam mais morenos do que os filhos dos que não tomam sol.
A necessidade de respirar na atmosfera teria feito aparecer pulmões nos peixes que começaram a passar pequenos períodos fora de água, o que teria permitido a seus descendentes viver em terra mais tempo, fortalecendo os pulmões pelo exercício; as brânquias, cada vez menos utilizadas pelos peixes pulmonados, terminaram por desaparecer.

Assim, o mecanismo de formação de uma nova espécie seria, em linhas gerais, o seguinte: alguns indivíduos de uma espécie ancestral passavam a viver num ambiente diferente; o novo ambiente criava necessidades que antes não existiam, as quais o organismo satisfazia desenvolvendo novas características hereditárias; os portadores dessas características passavam a formar uma nova espécie, diferente da primeira.


Em 1859, Charles Darwin publicou The Origin of Species (A origem das espécies), livro de grande impacto no meio científico que pôs em evidência o papel da selecção natural no mecanismo da evolução. Darwin partiu da observação segundo a qual, dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros. Há, portanto, na luta pela existência, uma competição entre indivíduos de capacidades diversas. Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes. O darwinismo estava fundamentalmente correcto, mas teve de ser complementado e, em alguns aspectos, corrigido pelos evolucionistas do século XX para que se transformasse na sólida doutrina evolucionista de hoje. As idéias de Darwin e seus contemporâneos sobre a origem das diferenças individuais eram confusas ou erradas. Predominava o conceito lamarckista de que o ambiente faz surgir nos indivíduos novos caracteres adaptativos, que se tornam hereditários. Um dos primeiros a abordar experimentalmente a questão foi o biólogo alemão August Weismann, ainda no século XIX. Tendo cortado, por várias gerações, os rabos de camundongos que usava como reprodutores, mostrou que nem por isso os descendentes passavam a nascer com rabos menores. Weismann estabeleceu também a distinção fundamental entre células germinais e células somáticas.


Fonte: http://www.renascebrasil.com.br/f_criador2.htm